A definição de Pneumonia é muito variável. Classicamente, define-se como uma infecção aguda do parênquima pulmonar. Cursa com uma inflamação do espaço alveolar, que pode comprometer a troca gasosa.
Comummente, esta inflamação resulta da invasão de bactérias, vírus ou fungos, embora também possa resultar de uma lesão química. Geralmente, a doença inicia-se por uma colonização do nasofaringe, seguida de disseminação até as vias aéreas inferiores. Pode, ainda, decorrer de complicações de outras infecções respiratórias das vias aéreas inferiores, tais como bronquiolite e laringotraqueobronquite, de disseminação hematogênica ou de aspiração do agente infeccioso.
Considera-se Pneumonia comunitária aquela diagnosticada em paciente sem história prévia de hospitalização nos 14 dias anteriores ao início das manifestações clínicas. Em crianças hospitalizadas, considera-se Pneumonia comunitária aquela em que as primeiras manifestações surgem em pacientes com menos de quatro dias de internação.
Nos países desenvolvidos, a Pneumonia pode ser, também, definida pela ocorrência de febre, sintomas respiratórios agudos ou ambos, acompanhados por imagem radiográfica de infiltração parenquimatosa.
Esta definição suscita discordâncias, pela superposição de características com a bronquiolite. Nas regiões em desenvolvimento, a expressão “infecção respiratória aguda do trato inferior ” tem sido usada, preferencialmente, como um reflexo da dificuldade e obtenção da radiografia de tórax. Para esses casos, a OMS propõe, não uma definição, mas o uso de sinais clínicos para a identificação da doença: tosse e/ou dificuldade para respirar, acompanhados de frequência respiratória elevada, de início agudo, muito embora tais parâmetros também se superponham às manifestações de bronquiolite, condição clínica frequente em lactentes.