Informação sobre pneumonia, causas, sintomas e tratamento da pneumonia hospitalar e adquirida na comunidade, com dicas para a sua cura.


Prevenção da pneumonia em crianças

A prevenção da desnutrição, do baixo peso ao nascer e do desmame precoce ocupam papel de destaque entre as medidas preventivas da pneumonia.
As evidências apontam que o tabagismo passivo acarreta um maior agravamento da doença do trato respiratório inferior, particularmente nos primeiros anos de vida.
As vacinas têm papel inquestionável como medida de prevenção em saúde. A imunização básica deve ser realizada para todas as crianças e adolescentes seguindo as recomendações do Programa Nacional de Imunizações.
Além das vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações, outras vacinas também estão disponíveis gratuitamente nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais para casos selecionados.
Para crianças saudáveis, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a vacinação contra o vírus influenza e a vacina conjugada heptavalente contra o pneumococo.

Tratamento da pneumonia em crianças

A antibioticoterapia por via oral é segura e eficiente para o tratamento de crianças com pneumonia comunitária.
A via parenteral deve ser reservada quando há impossibilidade de absorção oral desses medicamentos, como, por exemplo, pela ocorrência de vômitos. Outra indicação para a antibioticoterapia por via parenteral são os sinais e sintomas indicativos de pneumonia grave.
A amoxicilina é o antibiótico de escolha para pacientes menores de cinco anos. É uma medicação efetiva para a maioria dos agentes causadores de pneumonia nesse grupo. Além disso, tem baixo custo reduzido e é bem tolerada. Alternativamente, podem ser utilizados amoxicilina combinada ao ácido clavulânico, cefaclor, eritromicina, claritromicina e azitromicina.
Considerando-se os agentes etiológicos, mais uma vez, a amoxicilina é indicada como antibiótico de primeira linha em crianças, de qualquer idade, em que o S. pneumoniae seja o agente etiológico mais provável. Os antibióticos macrolídeos podem ser usados na suspeita diagnóstica de pneumonia por Mycoplasma ou Clamydia.
A eficiência, o baixo custo e a boa tolerância fizeram com que também a OMS elegesse a amoxicilina como tratamento de primeira linha. O sulfametoxazoltrimetoprin e a eritromicina são designados antibióticos de segunda linha no tratamento dessa doença. Os casos de pneumonia grave ou de doença muito grave fogem ao escopo dessa revisão. No entanto, citamos, em linhas gerais, as recomendações relativas à antibioticoterapia.
Nos casos em que a antibioticoterapia venosa é necessária, a amoxicilina associada ao clavulanato, cefuroxima e cefotaxima incluem-se entre as medicações indicadas.
Se dados microbiológicos sugerirem o S. pneumoniae como agente etiológico, a amoxicilina, ampicilina e penicilina podem ser usadas, isoladamente, por via endovenosa.
A OMS também recomenda que os casos de pneumonia grave ou doença muito grave sejam referidos às unidades hospitalares. Enquanto se aguarda a transferência, e se não for possível utilizar a via oral, recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose de cloranfenicol, ou penicilina G procaína, por via intra-muscular. Se não for possível transferir o paciente, a OMS recomenda, ainda, manter essas medicações, até que a criança tenha condições clínicas de receber o antibiótico oral apropriado e completar o tratamento.
A emergência de cepas de S. pneumoniae resistentes à penicilina tem tido menos repercussão no tratamento da pneumonia do que no da meningite. Observa-se alta frequência de recuperação com o uso de altas doses de antibióticos beta-lactâmicos. No caso de cepas mais resistentes, as cefalosporinas de segunda e terceira gerações (cefuroxima, cefotaxima e ceftriaxone) são mais eficientes que a ampicilina ou penicilina. Entretanto, altas doses de amoxicilina (80 a 100mg/Kg/dia) devem ser preferidas para o tratamento da pneumonia em pacientes externos. O uso de inibidores da beta-lactamase não confere nenhuma vantagem, uma vez que o mecanismo de resistência não envolve esta enzima.
A vancomicina raramente é indicada nas pneumonias pneumocócicas, mesmo nos casos graves.
Vários outros medicamentos são citados no tratamento da pneumonia. Os analgésicos e antitérmicos podem ser usados para alívio da dor, febre e irritabilidade. Apesar de serem necessários novos estudos sobre o tema, esses medicamentos não parecem reduzir a gravidade ou duração da pneumonia. Não há evidências para que se indique o uso de antitussígenos ou mucolíticos no tratamento da pneumonia na infância. A suplementação de zinco, em unidades onde a mortalidade é elevada, poderá reduzir a prevalência e a mortalidade pela doença, neste grupo etário. A fisioterapia torácica não tem indicação na pneumonia aguda na infância.

Pneumonia na criança

As pneumonias ocorrem com maior incidência na infância, especialmente em lactentes, do que em qualquer outra faixa etária, sendo potencialmente graves. Sua incidência, em crianças menores de 5 anos, varia de 34 a 40 casos por 1000 na Europa e América do Norte. Em torno de 13 milhões de crianças menores de 5 anos de idade morrem a cada ano nos países em desenvolvimento e a pneumonia é uma das principais causas Vários fatores de risco contribuem para o aumento da incidência e/ou da gravidade das pneumonias em crianças como prematuridade, desnutrição, baixo nível socioeconômico, tabagismo passivo e freqüência a creches.
Doenças de base, especialmente aquelas que afetam os sistemas cardiopulmonar, imunológico ou neuromuscular também aumentam o risco para desenvolvimento de quadros mais graves.

Duração do tratamento da pneumonia

A duração da antibioticoterapia depende da presença de co-morbidades, de bacteremia, da gravidade do acometimento provocado pela pneumonia e da evolução clínica. Em geral, pneumonias bacterianas devem ser tratadas por dez dias em média. Formas atípicas devem ser tratadas por quinze dias em média.
A troca da via parenteral para a via oral para administração da antibioticoterapia depende de fatores do paciente (se já pode deglutir, e se a absorção intestinal está preservada) e do antimicrobiano (equipotência parenteraloral ou não haver mais necessidade de níveis elevados. Contudo, após esterilização clínica, com melhora e ausência de febre por mais de 24h, a troca pode ser feita do terceiro ao sexto dia de antibioticoterapia.

Tratamento da pneumonia

  • A seleção do esquema terapêutico inicial para pacientes com Pneumonia adquirida na comunidade considera os microorganismos de maior prevalência.
  • O tratamento dirigido a patógeno(s) identificado(s), embora preferível, na maioria das vezes não é possível no momento da decisão terapêutica.
A identificação do(s) agente(s) permite dirigir a terapia ao(s) patógeno(s) específico(s) e selecionar o antimicrobiano para a terapia seqüencial, podendo reduzir os custos do tratamento, os efeitos adversos e a indução de resistência.
  • A terapia combinada não é superior à monoterapia em pacientes de baixo risco.
  • A terapia combinada deve ser recomendada para pacientes com Pneumonia adquirida na comunidade grave, sobretudo na presença de bacteremia, insuficiência respiratória ou choque.
  • A terapia com 2 ATB reduz a mortalidade na Pneumonia adquirida na comunidade  pneumocócica bacterêmica em comparação a monoterapia.
  • Os preditores de risco para patógenos específicos devem ser considerados na escolha do esquema empírico de pacientes com Pneumonia adquirida na comunidade.
  • ATB devem ser instituída o mais cedo possível, a fim de reduzir mortalidade, morbidade e os custos.
  • Indivíduos adultos com Pneumonia adquirida na comunidade de leve a moderada gravidade podem ser efetivamente tratados com antibióticos ministrados por um período igual ou inferior a sete dias.

Questões para definição do tipo de tratamento da pneumonia

Existem quatro questões essenciais para definir a conduta:
  1.  Existe mesmo pneumonia ou pelo menos essa hipótese é sólida o bastante para justificar o tratamento? Ou seria possível manter o paciente em observação até a melhor definição do quadro?
  2. A pneumonia é provavelmente virótica e pode ser tratada e acompanhada sem antibióticos ou o risco de ser bacteriana é suficiente para justificar o uso de antibióticos empiricamente?
  3. A pneumonia é provavelmente bacteriana e o quadro é bem típico de pneumonia pneumocócica ou existe necessidade de cobrir outras bactérias e as etiologias “atípicas”.
  4. Qual o nível de gravidade do quadro, seu risco e potencial de complicações e a capacidade (social e cultural) da família que ajudam a definir se o paciente pode ser tratado ambulatorialmente ou se deve ser internado (enfermaria ou mesmo UTI).

Evolução da pneumonia

A pneumonia, quando adequadamente tratada, geralmente, evolui para cura. Entretanto, a presença de fatores de risco alerta o clínico para a possibilidade de desenvolvimento de complicações e infecções metastáticas, que ocorrem em cerca de 10% dos pacientes com pneumonia pneumocócica e bacteremia.
Tais pacientes, podem apresentar meningite, artrite, endocardite, pericardite, peritonite e empiema. Além das infecções metastáticas, podem ocorrer insuficiência renal, insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, com ou sem infarto, e até mesmo infarto agudo do miocárdio. A detecção precoce dos fatores de risco para o desenvolvimento de complicações, nas pneumonias, é uma forma de evitar a elevação das taxas de mortalidade.

Fatores de risco da pneumonia hospitalar

Pneumonia hospitalar é a principal causa de óbitos dentre as infecções hospitalares, sendo mais frequente entre os pacientes cirúrgicos, em relação aos clínicos e muito mais frequente ainda entre pacientes de unidades de terapia intensiva.
O principal fator de risco para pneumonia hospitalar é a ventilação mecânica.
Existem ainda outros fatores de risco, nomeadamente:
  • fatores que favorecem a colonização do trato aerodigestivo;
  • fatores que favorecem a aspiração;
  • fatores que favorecem a inoculação bacteriana nos pulmões por outras vias que não a aspiração;
  • fatores que diminuem a imunidade do hospedeiro.

Epidemiologia da pneumonia hospitalar

É difícil definir a exata incidência de pneumonia hospitalar e pneumonia associada a ventilador, uma vez que
podem ocorrer outras infecções do trato respiratório, como a traqueobronquite, especialmente no paciente em ventilação mecânica.
A incidência de pneumonia hospitalar está entre 5 e 15 casos por 1000 admissões hospitalares. A incidência de pneumonia associada a ventilador é 6 a 20 vezes maior que pneumonias em pacientes não ventilados.
Pneumonia hospitalar e pneumonia associada a ventilador são causas freqüentes de infecção hospitalar e associam-se com mortalidade maior que outras infecções hospitalares.
Pacientes com pneumonia hospitalar de início tardio e pneumonia associada a ventilador mais freqüentemente são infectados por patógenos multirresistentes e possuem mortalidade maior que as de início precoce.
A maioria das pneumonias hospitalares, pneumonias associadas a ventilador e pneumonia associada cuidados de saúde são causadas por bactérias e muitas são polimicrobianas, com freqüência especialmente alta em pacientes com SARA.
Pneumonia hospitalar, pneumonia associada a ventilador e pneumonia associada a cuidado de saúde são comumente causadas por bacilos aeróbios Gram negativos como P. aeruginosa, K. pneumoniae e Acinetobacter species, ou por cocos Gram positivos como S. aureus, muitos deles MRSA; anaeróbios são incomuns.
A frequência de L. pneumophila varia consideravelmente entre hospitais ocorrendo quando o suprimento de água está colonizado.
Virus e fungos são causas incomuns em pacientes imunocompetentes. Surtos de influenza ocorrem esporadicamente e podem ser controlados por medidas gerais de controle de infecções, vacinação e agentes antiinfluenza.
Patógenos multirresistentes são mais comuns em pacientes com doença pulmonar grave de base, com fatores de risco e nas pneumonias de início tardio.

Pneumonia hospitalar

A pneumonia hospitalar é definida como aquela que se manifesta após 48 horas da admissão do paciente, desde que não ocorram procedimentos invasivos nas vias aéreas, nestes casos as manifestações clinico-radiologicas poderão ocorrer a qualquer tempo da internação hospitalar, podendo ser considerado como tendo sido decorrente do procedimento realizado. É o resultado do desequilíbrio entre os mecanismos de defesa do hospedeiro, o agente etiológico e as condições favoráveis de transmissibilidade.
A maioria das pneumonias hospitalares se desenvolve devido a aspiração de microrganismos que colonizam a orofaringe e o trato gastrointestinal superior provocadas por procedimentos de intubação e/ou extubação, ventilação mecânica prolongada (+ de 5 dias), sondagens nasogástricas e infusão de dietas enterais além do processamento inadequado de equipamentos de assistência ventilatória.

Pneumonia aspirativa

A Pneumonia aspirativa desenvolve-se após inalação de material orofaríngeo contaminado. Apesar deste mecanismo ser comum à maioria das pneumonias a expressão pneumonia aspirativa refere-se ao desenvolvimento de infiltrado pulmonar radiograficamente evidente em pacientes com risco aumentado de aspiração orofaríngea.
Os fatores de risco são:
  • Disfagia neurológica
  • Disrupção da junção gastroesofágica
  • Anormalidades anatômicas do trato aerodigestivo superior.
A indicação de antibióticos é inequívoca. A escolha deve basear-se no cenário de ocorrência da aspiração e no estado de saúde do paciente.
Antibióticos devem ter atividade contra gram negativos. O esquema clássico de penicilina com clindamicina é impróprio para a grande maioria dos pacientes. Antibióticos com atividade contra germes anaeróbios só são indicados em situações especiais.

Pneumonias atípicas

Originalmente, o termo foi usado para descrever quadros de pneumonia adquirida na comunidade, cujo comportamento diferia do padrão comumente observado. Em comum, nessas pneumonias, não se conseguia detectar o agente pelos meios de cultura habitualmente empregados, a intensidade do acometimento clínico variava de leve a moderado e se arrastava por até quatro semanas, com persistência do quadro de tosse, em geral, seca e, por vezes, produtiva, febre, geralmente sem sintomas pleurais, e, notadamente, ausência de resposta a agentes betalactâmicos. Finalmente, um agente foi isolado: Mycoplasma pneumoniae e, portanto, pneumonia atípica tornou-se sinônimo de pneumonia por Mycoplasma pneumoniae. Posteriormente, quadros de pneumonias atípicas foram descritos com outras espécies, como a Legionella sp ou Clamídia pneumoniae cepa Twar e, historicamente, o termo pneumonia atípica passou a ser referência para infecção pulmonar provocada por um desses agentes. Contudo, o termo vem sendo utilizado, também, para descrever quadros de pneumonia cuja evolução se desvie do padrão comum e que não são necessariamente provocados por esses agentes.

Pneumonia crônica

Pneumonia crônica é aquela que acomete indivíduo imunocompente e que evolui com evidências clínicas e radiográficas de doença em atividade por mais de um mês, na ausência de tumores, bronquiectasias, bronquite crônica, corpo estranho nas vias aéreas ou imunodeficiência.
Após dois meses, em geral, ocorre resolução do quadro e o indivíduo evolui de forma assintomática.
A investigação de outra doença está autorizada após oito semanas de acompanhamento e, só então, as técnicas invasivas para diagnóstico etiológico da lesão pulmonar devem ser empregadas. Contudo, confirmada a patologia de pneumonia, esse paciente deve ser acompanhado por, pelo menos, seis meses, período em que não haverá diagnóstico adicional, o que confirmaria a hipótese de pneumonia crônica.
As doenças que estão mais freqüentemente associadas ao desenvolvimento da pneumonia crônica são, DPOC, cardiopatia, nefropatia, diabetes mellitus, alcoolismo, acidente vascular encefálico e refluxo gastroesofágico.

Pneumonia recorrente

Pneumonia recorrente é aquela que acomete o indivíduo com freqüência maior do que duas vezes por ano, com intervalo maior do que trinta dias entre os episódios, na ausência de diagnóstico de micobacteriose, doença fúngica ou neoplásica. A doença mais comumente associada à pneumonia recorrente é a DPOC, seguida, em ordem de freqüência, por bronquiectasias, fibrose cística, síndrome de cílio imóvel e seqüestro pulmonar.
Das doenças extratorácicas, as que mais se correlacionam com pneumonia recorrente são alcoolismo (agudo e crônico) e a diabetes mellitus.

Pneumonia de resolução lenta

Pneumonia de resolução lenta é a pneumonia adquirida na comunidade por indivíduo imunocompetente, em que há melhora clínica, e apenas 50% de “limpeza” radiográfica, após duas semanas de evolução com terapêutica adequada. A resolução radiográfica ocorre após quatro semanas. Em conclusão, trata-se de resolução radiológica lenta. É encontrada em indivíduos idosos e em portadores de co-morbidades como insuficiência cardíaca ou renal.

Prevenção da pneumonia no idoso

As principais medidas para prevenção da pneumonia são:
Vacina contra a gripe: indicada para todos os idosos, anualmente. A gripe é uma infecção virótica que pode predispor o paciente, ao desenvolvimento de pneumonia bacteriana associada. Isso faz com que o quadro fique mais grave. Assim, a vacinação torna-se importante, pois sua eficácia é bem alta.
Vacina contra pneumococo: o pneumococo é a bactéria que mais frequentemente causa pneumonia em idosos fora do hospital. A vacina apresenta excelente eficácia e deve ser tomada em uma dose, sendo que alguns pesquisadores recomendam um reforço depois de cinco anos.

Alguns cuidados devem ser tidos em conta, como:
  • Boa higiene oral;
  • Posicionamento correto no leito (se possível com a cabeceira elevada, especialmente durante as refeições nos casos de paciente acamado);
  • Manutenção de bom estado nutricional;
  • Controle adequado das doenças crônicas concomitantes.

Tratamento da pneumonia no idoso

O tratamento da pneumonia no idoso pode ser feito em casa ou no hospital, dependendo do quadro clínico. Para essa definição, o médico consultado pelo paciente, deverá avaliar os fatores de risco e sua gravidade.
Nos casos de pneumonia por bactérias, é indicado o uso de antibióticos. A escolha é feita individualmente para casa paciente, dependendo de outras enfermidades que ele apresenta e do possível agente que esteja causando a doença.
Já nos casos de pneumonia por vírus, é indicado o uso de medicamentos que tratem os sintomas, como febre, a dor, entre outros.
De maneira geral, não é recomendado o uso de xaropes contra a tosse, pois a mesma é um mecanismo de protetor dos pulmões.

Sintomas da pneumonia no idoso

Um dos aspectos mais importantes relacionados à pneumonia no idoso refere-se aos sintomas que ele apresenta. Isso porque no idoso o quadro clínico da pneumonia pode ser completamente diferente daquele apresentado pelo jovem.
Nos jovens, o quadro clássico da doença é a presença de febre, tosse com catarro e dor no peito associado à tosse e à respiração. Além disso, a radiografia de tórax altera-se na maioria das vezes.
Já no idoso, esses sintomas são menos frequentes, e sua radiografia pode apresentar poucas alterações.
Nessa faixa etária, é comum a presença de prostração, queda do estado geral, redução do apetite, desânimo e mudança no estado mental ( ou seja, o paciente pode ficar mais confuso, não falar coisas coerentes). Podem apresentar queda e aumento da frequência de respirações por minuto. Assim o quadro torna-se inespecífico, sem dados que indiquem designadamente a presença da pneumonia. A febre pode ou não estar presente.
Todo idoso que apresenta alteração aguda do estado mental ou outros sintomas gerais ( que não indica uma doença específica) deve ser pesquisado para constatar ou não a pneumonia. Isto é imprescindível, pois nas pessoas da terceira idade, a doença costuma ser mais grave, disseminando-se a infecção para o sangue, associado a aumento da taxa de mortalidade.